sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

É chegada a hora, de um pouco de história

Nada na nossa vida vem de graça. Costumo brincar com o ditado: ¨O que vem fácil, vai fácil.¨ A arte de atuar, interpretar, exige paciência, dedicação e constante estudo. O ser humano está em eterno processo de mudança. E se nós atores, criamos novas almas humanas dentro dos nossos personagens, temos que estar atentos, pesquisando, lendo, se motivando, observando, 100% dos nossos dias. Para isso, um blog, onde disponho minha opinião, alguns resumos que fiz, outros, fonte de pesquisa (livros e sites). E sinceras opiniões, críticas construtivas ou dúvidas, serão muito bem vindas. O que soma em nossa vida, é a troca. O famoso jogo, onde a cena acontece no ¨entre¨ as duas pedras que se chocam, na faísca.

Um pouquinho de teoria, nunca é demais.

¨O que é Teatro?

Imprimir dramaticamente às próprias palavras e/ou atitudes, para suscitar comoção ou interesse.

É a expressão da realidade. Instrumento de divergência, advertência, ensinamento, documentação e instrução. As formas pelas quais ele desempenha essa missão são diferentes e variadas.

O teatro é uma arte em que um ator, ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades, com auxílio de dramaturgos, diretores e técnicos, que têm como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.

No Teatro, uma história e seu contexto se fazem reais  e verídicos pela montagem de um cenário e a representação de atores em um palco, para um público de espectadores.

Engloba todas as outras artes podendo utilizar a música como trilha sonora, a dança como expressão corporal, as artes plásticas como cenário, etc.

O teatro só pode acontecer quando há a união de 3 elementos indispensáveis: ator, personagem e espectador. Se um deles não estiver presente, não há teatro. Todos os outros componentes são opcionais, de acordo com a concepção.

O teatro ocidental originou-se na Grécia com o culto a Dionísio (para os Gregos) ou Baco (para os Romanos), deus dos ciclos vitais, da alegria e do vinho. (MAIS!)

Ator

Ator ou atriz é aquele que cria, interpreta e representa uma ação dramática com base em um texto emprestando plenitude física e espiritual com o uso de sua voz, corpo e emoções ao simples texto concebido pelo dramaturgo com o objetivo de transmitir ao espectador as ações dramáticas propostas. O ator é um instrumentista que usa o próprio corpo e seu ponto de partida, sem dúvida, é o texto, a personagem que lhe cabe “encarnar” na peça.

Até as menores ações e expressões de um ator podem transmitir à plateia significados intensos, desde aqueles perceptíveis com clareza até os “subliminares”.

O primeiro ator da história do teatro foi Téspis de Icária ao se destacar do coro e dirigir-se à multidão interpretando um personagem, o Deus Dionísio.

No início da história do teatro somente homens atuavam e só a partir do século XVII, as mulheres passaram a dividir a cena. Therese du Parc, conhecida depois como La Champmesle, foi a atriz que primeiro interpretou o papel principal de Fedra, da obra de Racine, tornando-se então uma das principais atrizes da chamada Commedie Française, Tornando-se assim a primeira referência feminina de que se tem notícia.

Personagem

A palavra vem do termo grego Persona. Um personagem é o papel interpretado pelo ator numa peça dramática. O ator não é o personagem, mas o representa para o espectador, assumindo personalidade, traços psicológicos e morais da pessoa criada pelo dramaturgo.

Pode ser subdivido em: personagem plano, redondo e tipo.

Um Personagem Plano é aquele construído em torno de uma só ideia ou qualidade, sendo possível defini-los em poucas palavras.

O Personagem Redondo apresenta várias qualidades ou tendências e, por essa razão, é multiforme e complexo. Por fim, os que apresentam um tipo padrão de comportamento são os Personagens-Tipo.

O Protagonista de uma peça é o personagem principal, o que permanece em primeiro plano na narrativa. Já o Antagonista é o “protagonista às avessas”, o adversário, o vilão, aquele que se opõe às ações do protagonista.

Coadjuvante são os personagens secundários que estão ao lado do protagonista ou do antagonista. O coadjuvante (ou adjuvante) pode ainda ser figurado por meio de um elemento não humano: uma máquina, uma fada, um animal, etc.

Espectador

São pessoas que assistem, escutam e recebem informações.

Ele faz parte do jogo teatral, é alguém que assiste o ator representar, a imitar a ação, mas reage, no momento, como se estivesse diante do personagem a praticar a ação imaginada.

O Teatro no Brasil

O teatro chegou ao território Brasileiro no século XVI como forma de propagar a fé religiosa e com esse intuito, Padre José de Anchieta escreveu alguns autos para catequizar os indígenas e integrar portugueses, índios e espanhóis.

Dois séculos separam a atividade teatral jesuítica e o desenvolvimento teatral no Brasil e isso aconteceu quando o país estava em processo de colonização e em batalhas de defesa de território.

Gonçalves Dias é um dos mais representativos autores e alguns romancistas, como Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, e poetas como Álvares de Azevedo e Castro Alves, também escreveram peças teatrais no século XIX.

A partir da encenação de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, nasce o moderno teatro brasileiro, não somente do ponto-de-vista da dramaturgia, mas também da encenação, em pleno Estado Novo.

Foi quando surgiram grupos e companhias estáveis. Os mais significativos, a partir da década de 1940, foram: Os Comediantes, o TBC, o Teatro Oficina, o Teatro de Arena, o Teatro dos Sete, a Companhia Celi-Autran-Carrero.

Quando o teatro brasileiro dava seus primeiros passos com segurança, a ditadura militar veio impor a censura prévia a autores e encenadores, conduzindo o teatro a um retrocesso produtivo. Apenas com o fim do regime militar, no início da década de 1980, o teatro restabeleceu seu rumo e estabeleceu novas diretrizes.

A Primeira Teoria

Foi Aristóteles (384-322 a.C.), – quem fez a primeira reflexão teórica sobre a natureza e os princípios que regem a arte dramática. Aristóteles definiu os principais elementos de uma peça teatral: o pensamento, a melodia e a encenação. Embora com algumas variações, essa concepção prevaleceu ainda hoje, especialmente nas formas de teatro mais tradicionais.

Os gregos produziram considerável acervo de comentários e referências sobre o teatro e a literatura dramática. Nada, porém, superou em importância, a Poética de Aristóteles em seus capítulos dedicados à tragédia e à comédia, o primeiro corpo sistemático de teoria do teatro e do drama.

Dramaturgia

Dramaturgia é a composição do drama e sua apresentação no palco.

As obras podem ser escritas especificamente para ser representada ou podem ser adaptadas por um dramaturgo.

Sua principal característica é a composição de histórias para “faladas” no palco, já que se trata de um estudo dramático propriamente dito, em que o dramaturgo ao escrever uma peça teatral, cria as personagens e os conflitos.

Todavia a arte da dramaturgia não está relacionada apenas ao texto teatral, mas é encontrada em toda obra escrita com o propósito de contar uma história, como em roteiros cinematográficos, romances, contos e telenovelas.

Cena

Cada uma das unidades de ação de uma peça, cuja divisão se faz segundo as entradas ou saídas dos atores: cena francesa. Consiste sempre basicamente de: início, meio e fim. Divisão do ato da peça teatral, momento de uma peça. É um conjunto de ações em torno de um tema.

Happening

Espetáculo que exige a participação ou prevê uma reação do público, e procura provocar uma criação artística espontânea, eventualmente coletiva.

Monólogo

Um Monólogo é uma longa fala pronunciada por uma única pessoa.

A etimologia do termo é composta pelos radicais gregos monos (um) e logos (palavra, ou ideia), em oposição a dia (dois, ou através de) e logos. A palavra pode também ser aplicada a um poema no formato de pensamentos ou discurso individual.

No monólogo é comum que os atores exponham ideias que podem dar a impressão de que há mais de um ator em cena, mas que na realidade exija somente uma pessoa durante a cena. O monólogo está associado à conflitos psicológicos que não necessariamente sejam individuais.

São comuns em óperas numa ária, recitação ou outra seção cantada, tendo uma função similar a um monólogo falado numa peça teatral. Encontram-se monólogos também na literatura de ficção do século XX e existem ainda espetáculos realizados totalmente com apenas um ator em cena.

Há dois tipos básicos de monólogos no teatro: o Monólogo Exterior que se dá quando o ator fala para outra pessoa que não está no palco ou na platéia e o Monólogo Interior quando o ator fala para si mesmo. É introspectivo e revela motivações interiores para o público.

Performance

Expressão que consiste em produzir determinados eventos por meio de gestos e ações sem contar qualquer história. Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público.

Improvisação

Improvisação Dramática é uma técnica de jogo dramático na qual o ator interpreta alguma coisa imprevista, não prepara anteriormente, inventa no momento da ação.

Já a Improvisação Espontânea é a técnica aplicada nas atividades de expressão dramática e consiste na criação espontânea a partir de um fato, situação ou ação proposta.¨

Fonte: desvendandoteatro.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário